quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Amor, Paz, Ética e Compromisso em 2011

Hoje eu quero deixar uma mensagem de otimismo para o ano que está iniciando, 2011. Confesso que 2010 foi um ano de muitas vitórias, muitas lutas, e muitas alegrias. Em 2011 eu quero e desejo a todos, partilhar as alegrias, ser mais altruísta, menos egoísta. Ler mais livros, ouvir mais músicas, tirar mais fotografias, escrever mais e-mails, curtir um pouco o ócio, não dar ouvidos às queixas e às críticas não construtivas. Evitar as más companhias, não ser escravo da bebida, nem de qualquer outro vício. Nem do dinheiro. Ser menos consumista. Saber reutilizar as coisas. Eu quero um 2011 mais perto de Deus, mais perto das plantas, da natureza, dos animais. Quero curtir mais minha família, meus irmãos, meus poucos amigos... minha mãe, que esteve debilitada em 2010... eu quero brincar mais com minha filha, passear com ela na rua, brincar na praça. Quero voltar um pouco a ser criança. Ser mais amigo, mais honesto, mais sincero. Quero em tudo, dar o máximo de mim, sem a intenção de receber nada em troca.

Relembrei hoje sobre a força do pensamento. Nesta época do ano, as pessoas estão bebendo, estão comendo, estão se divertindo. Muitas delas nem sabem exatamente o que estão comemorando. Não fizeram um balanço de suas vidas em 2010 e não sabem o quanto precisam agradecer a Deus pelas vitórias que tiveram durante o ano. As pessoas estão preocupadas em comemorar, em curtir, badalar. Mas de fato, elas não têm dentro de si a razão para estarem fazendo isso. Ao passo que, o verdadeiro balanço acontece durante um período de silêncio, sem ninguém por perto. Acontece só entre entre a gente e Deus. Não precisa de ninguém estar por perto.

Quando as pessoas me perguntam onde vou passar o reveillon, eu logo respondo, sem titubear: vou ficar em casa, sozinho, comigo mesmo. As pessoas tedem a achar essa atitude uma atitude egoísta e solitária. É solitária, sim, egoísta não. E não é nem um pouco triste ou deprimente. É um momento que escolhi para por diante de minha consciência, tudo o que fiz em 2010, e planejar algo melhor e mais profícuo para o próximo ano.

Meu pensamento fica concentrado em coisas produtivas, em coisas boas. Aí está minha verdadeira felicidade. Eu, a sós comigo mesmo, e pensando na minha filha, na minha família, na minha mãe. Seria este um ato egoísta?

Todo mundo pensa que o pensamento pode ser mantido em segredo. Mas não pode. James Allen, um cientista do ocultismo, afirma que o pensamento não pode ser mantido em segredo. Ele se cristaliza rapidamente em hábitos, e os hábitos se concretizam em circunstâncias. Pensamentos de medo, dúvida e indecisão, por exemplo, cristalizam-se em hábitos fracos e irresolutos, os quais se concretizam em circunstâncias de fracassos, indigência e servil dependência. Pensamentos de ódio, crítica negativa e condenação cristalizam-se em hábitos de acusação e violência, os quais se concretizam em circunstâncias de injúria e perseguição. Mas pensamentos de coragem, autoconfiança e decisão firme cristalizam-se em hábitos enérgicos, os quais se concretizam em circunstâncias de êxito, abundância e liberdade.

É preciso administrar o pensamento. Concentrá-lo em coisas firmes e boas. Saber que saúde e doença têm suas raízes no pensamento. Pensamentos doentios se expressarão através de um corpo doentio. Pensamentos de medo fazem adoecer e podem até matar. As pessoas que vivem sob o medo da doença, como os hipocrondríacos, são as que mais adoecem. A angústia e a tensão levam o corpo a entrar num rápido processo de abatimento e o deixa aberto às enfermidades.

Pensamentos de amor e de altruísmo cristalizam-se em hábitos de disposição espontânea para perdoar, os quais se concretizam em circunstância de segura e duradoura prosperidade e contentamento. Essa sim, é a verdadeira riqueza.

Antes de finalizar a mensagem, quero deixar um abraço especial para meu querido Valmir Bononi, que é um amigo que marcou muito minha vida no ano de 2010.
Esta é a minha mensagem para todos vocês. Amor, paz, ética e compromisso em 2011.

Alerson Martins
Técnico em Segurança do Trabalho
Grupo 4520

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Realização Efetiva

Olá amigos prevencionistas e internautas,

Atendendo a pedidos, vou exibir um texto de nosso amigo Cosmo Palásio de Morais Júnior, que é TST e coordenador do Grupo SESMT, publicado na Revista Proteção do mês de Dezembro/2010. A propósito, quero deixar registrado que o Grupo SESMT tem dado apoio imensurável no melhor entendimento da legislação. Sempre que tenho dúvidas, recorro ao grupo para consultorias ou troca de ideias entre os membros. Tem uma galera muito experiente e muito antenada sobre as mudanças da legislação. Recomendo a todos que visitem e que participem do Grupo SESMT (http://br.groups.yahoo.com/group/sesmt/), do Yahoo Grupos. Boa leitura a todos.

Cosmo Palásio Jr.


"Empresas devem investir em treinamento para depois buscarem motivação"

Volta e meia alguém liga aqui na consultoria e pergunta se realizamos palestras motivacionais. Geralmente são pessoas da área de Recursos Humanos que, com problemas em relação ao número de acidentes, entendem que o que falta para que os acidentes parem de ocorrer é "motivação para os trabalhadores". Na verdade, alguns deles estão precisando mais do que um palestrante: precisam de um mágico.

Nada tenho contra a motivação, aliás, muito pelo contrário. Entendo que seja um fator importante para a prevenção, mas entendo também que para motivar alguém para alguma coisa é preciso que exista esta "alguma coisa".

Em muitas organizações não há uma base mínima de conceitos, procedimentos e práticas para a prevenção, o que quer dizer que não existe nem sequer uma direção, quem sabe uma trilha a ser seguida, ou seja, um lugar para onde e como ir. Então sempre pergunto: motivar em qual direção e pra quê?

Para mim é assustador o número de organizações que não fazem o "feijão com arroz" preventivo. Mais assustador ainda é que muitas delas estão por aí se apresentando como organizações com certificado disso ou daquilo.

Parte das organizações encara a Segurança e Saúde no Trabalho como algo que surge naturalmente do chão de fábrica, o que representa o famoso modelo de gestão CUPSDPT - "Cada Um por Si Deus Por Todos". Cuidam da SST de forma convulsiva e seus SESMTs dedicam horas e mais horas na busca de explicações (algumas delas pelo menos pitorescas) para a oscilação dos resultados.

É muito triste observar a grande distância que há entre a teoria da prevenção e a realidade nessas organizações. Para os diretores e para os gerentes são apresentadas verdadeiras maravilhas e eles, como não são especialistas ou raramente convivem com o dia a dia do processo, acham que está tudo bem. No entanto, dali para baixo pouco ou nada acontece e o que está no papel fica apenas aí.

Muitas vezes me assusto com a superficialidade com que ainda tratam nossa área. Em várias ocasiões vejo e percebo que o erro ocorre pela falta de um diagnóstico incorreto ou incompleto do problema, outras vezes pelos modismos. No entanto, normalmente, isso tudo ocasiona o desperdício do dinheiro, a frustração de expectativas e o pior: a descrença por parte dos trabalhadores, que, conhecendo a realidade, sabem que não serão apenas palestras e motivação que mudarão os cenários.

Cosmo Palásio de Moraes Júnior
Técnico em Segurança do Trabalho
Coordenador do Grupo SESMT
O texto foi parcialmente extraído da Revista Proteção - Edição 228
Dezembro/2010