sábado, 25 de abril de 2009

Motivação


Calibração de pessoas

Calibração é um procedimento que visa estabelecer uma relação entre medição feita por um instrumento padrão e o instrumento que precisa ser ajustado. Definindo de forma muito simples, calibração é o "acerto" de um instrumento de medição. Algo parecido com o ato de acertar um relógio pela hora oficial do país.

Pessoas precisam também ser calibradas. Assim como os instrumentos as pessoas vão incluindo erros em seus comportamentos diários, adquirem vícios e maus hábitos, alteram sua escala de valores, dexam de cumprir procedimentos que sempre cumpriram à risca, relaxam nos cuidados com a aparência, ficam mais preguiçosas, etc.

O cérebro funciona como uma máquina que, apesar de poderosa, descalibra-se de forma similar a qualquer outra máquina. Sendo assim, a pergunta é: qual o seu procedimento, como gestor, para calibrar as pessoas de sua equipe, isto é, para constantemente trazê-las e mantê-las cumprindo os padrões da empresa, tendo atitudes de acordo com os valores da companhia, respeitando o código de ética da organização?

Há vários cursos sobre gestão de pessoas, mas quase nunca se fala sobre esse assunto. Treinar pessoas, educá-las, desenvolvê-las, motivá-las, tudo está certo. Mas como calibrá-las? Como mantê-las "na linha"?

Em um curso, um cliente perguntou-me sobre qual era a empresa mais antiga ou de maior sucesso em todos os tempos. Minha resposta foi rápido e fácil: a Igraja Católica. Mais de 2000 anos merecem aplausos e reconhecimento de todos.

E uma das melhores práticas que a Igreja tem para ensinar é a Missa. Todo domingo, a repetição de ensinamentos, a revisão da ideologia (doutrina) e a renovação de compromissos. Os mesmos rituais. Durante a semana, os fiéis vão se descalibrando. Pecam, naufragam diantes das tentações, afastam-se da doutrina.

No domingo, pronto! Todos no prumo outra vez. Confissões, sacramentos, canções, orações, a palavra do padre. Todo mundo alinhado de novo. E assim passam-se dois mil anos.

Nas empresas, onde está o "padre"? Onde está a "missa"? Estou falando do gestor e da reciclagem do treinamento. Gestores, muitas vezes, esquecem as pessoas de suas equipes, mal falam com elas, não transmitem qualquer mensagem de otimismo e de disciplina, não incentivam, não repreendem, não ligam para os seres humanos que lideram. Não treinam, não retreinam, não sabem dar feedback.

Seria possível imaginar qualquer igreja onde o padre ou o pastor não falasse com suas pessoas? Seria possível pensar em uma religião sem a missa ou o culto semanal? Não seria! E como podemos pensar em uma empresa onde o gestor não conversa, não orienta, não avalia desempenho, não lidera? Como imaginar uma empresa sem a reciclagem, sem rituais, sem a revigoração dos valores que, afinal de contas, deveriam ser os comportamentos esperados pela organização?

Gestores não entendem por que perdem talentos, por que pessoas com bom potencial arrastam-se no trabalho, por que nem mesmo dinheiro as motiva. Estas mesmas pessoas, à noite, pagam para orar e cantar em alguma igreja e trabalham de graça. Incompetência de gestores e de empresas que não entendem este simples conceito: cérebros precisam de manutenção, precisam de ajustes, precisam de calibração. Pessoas nunca estão completamente fidelizadas nem treinadas.

Gestão é um trabalho incessante, não termina nunca, é desgastante. Mas é o único caminho para o lucro. Ser gestor é entender este princípio bastante singelo: gerenciar pessoas é repetir, sem parar, a ideologia da empresa, os seus procedimentos administrativos e técnicos, e a importância dos resultados.
Paulo Ricardo Mubarack - mubarack@terra.com.br é doutor e consultor empresarial
Escreveu para a seção "Mercado Metrológico" da revista Metrologia e Instrumentação, edição fevereiro/março 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Impactos Ambientais


Impactos da Mineração

Mineração é um termo que carrega consigo um pesado significado: destruição. Em nosso passado a mineração se inicia na pré-história com a obtenção de minerais brutos, como o silex e o cherte, e o objetivo da extração era a confecção de armas e utensílios domésticos.

A partir daí tornou-se cada vez mais avançada a tecnologia para extração e beneficiamento do minério com melhor teor e melhor qualidade.

Para os nossos dias de conforto e qualidade, tornou-se indispensável a existência da mineração, e, como conseqüência disso é considerada um bem público devido seus produtos serem utilizados em tudo que esta a nossa volta. Vou dar um exemplo: o automóvel, oo celular, os utensílios domésticos, até mesmo nas moedas e nos componentes de aparelhos de TV e computadores.

Mas a mineração está impactando o ambiente de forma avassaladora. Hoje, a Vale (Companhia Vale do Rio Doce), preocupada com este impacto, investe em programas que objetiva devolver à natureza sua beleza tomada, recuperar áreas degradadas.

O meio ambiente, mesmo que gentilmente "recuperado" pela mineração, jamais será o mesmo. Tanto que a própria população vem sofrendo diretamente os diversos sintomas decorrentes da degradação.

As montanhas de Minas Gerais já não são as mesmas. As do Brasil, enfim. No sul de Belo Horizonte, como a imagem acima, é nítida a violação do meio ambiente. E nós, o que fazemos: nada. Apenas assistimos. Estamos entre a cruz e a espada, pois precisamos do conforto que a mineração nos proporciona, mas não queremos destruir o meio ambiente.

Para aliviar nossa culpa, nós, reles mortais, movidos por campanhas milionárias de empresas como a Vale, plantamos uma árvore, deixamos de usar o nosso carro para diminuir os efeitos do carbono... enquanto que a própria Vale pouco faz para mudar esta história.

Você, leitor, indignado com o que eu acabei de dizer, vai alegar que a Vale tem programas incríveis de recuperação ambiental, e que investe em qualidade e sustentabilidade. Eu reafirmo: ela faz pouco, em vista do que destrói. E digo para confundir: mas precisamos dela!

Quando você entra dentro da Vale você percebe fácil como todas as coisas são direcionadas à preservação. As pessoas que entram lá, passeando por suas calçadas, lêem placas com letras bem grandes, sobre consciência ambiental e preservação.

São cuidados importantes, concordo. É nossa obrigação ter hábitos sustentáveis, para colaborar com o meio ambiente. Mas a Vale nos persuade a acreditar que somos destruidores da natureza, enquanto que ela, munida de seus acessores e de seus programas de qualidade e certificação, cruza os braços e afirma para o mundo: somos uma empresa sustentável.

Lá dentro, tudo nos leva a acreditar que estamos diante de uma empresa que pretende mudar o mundo transformando as consciências humanas.

Só quero lembrar, como defensor da natureza, de que somos apenas um grão de areia. A população não está escavando a montanha, não está arruinando o solo, nem está derrubando árvores. Não! a população não está fazendo isso. A população, em sua maioria (graças a Deus) colabora para que o mundo seja melhor. Não destrói além do que precisa, não desperdiça água, não contamina a água. Quem está fazendo isso são os grandes.

ISO 14001, Certificação da OHSAS, qualquer outra certificação de qualidade, não devolverá ao meio ambiente o que ele perdeu nos últimos anos. Que me perdoe a Vale e seus defensores. Mas o que eu digo é apenas uma realidade.

RESUMO DOS IMPACTOS

Os impactos que a mineração pode causar na comunidade que esta inserida e dentro de sua própria organizações são alarmantes. De forma sucinta são descritos abaixo:

·Os recursos hídricos são tomados por partículas sólidas vindas do processo de pesquisa, beneficiamento e da infra-estrutura; óleos, graxas e elementos químicos deixados no solo podendo alterar águas subterrâneas - poluindo a matéria prima indispensável para a atividade humana.

·A geologia de sua área é perdida após a abertura da cava modificando de forma brusca o relevo, podendo causar erosões voçorocas e assoreamentos.

·O solo é alterado de forma drástica após a retirada da cobertura vegetal para abertura da cava e construção de vias de acesso altera de gravemente em sua permeabilidade.

·A vegetação da área pode ser perdida se não retirada de forma cuidadosa catalogando todas as espécies que poderão ser usadas para recuperação da área

·A fauna também deve ser catalogada, fazendo controle de refugio aos bichos após a destruição de seu habitat.

·A qualidade do ar é alterada, provocada por veículos pesados e leves que circulam na empresa e no desmonte de rocha onde partículas sólidas finas desprendem-se formando uma nuvem de poeira alastrando a uma grande distancia.

·Ruídos e vibrações gerados pelos desmontes de rocha podendo ser amenizado com outras técnicas.

·As condições sócio econômicas da comunidade será interferida voltando sua formação profissional e estrutura da cidade para a mineração

sábado, 11 de abril de 2009

Ponto de vista


Honestidade
Faça um teste de sua honestidade clicando no link ao lado.


Aproveitei a Páscoa para trazer à vida alguns conceitos simples que ficaram meio mortos dentro de mim.

Como sinal de íntegro e sincero arrependimento, resolvi testar minha própria lealdade para com o meu próximo e para comigo mesmo, deixando de viver na "Lei de Gérson", ou seja: querer levar vantagem sobre os outros, querer lucrar sobre tudo, só por causa das injustiças do mundo.

Nenhuma ação errônea pode ser justificada sob a alegação de que os políticos roubam, de que os bancam exploram, de que os juros são absurdos, de que os salários são baixos, ou que você se sente em posição desfavorável diante das outras pessoas, etc. Não! nada disso é válido. A verdade é que queremos justificar os nossos erros injustificáveis.

Sinto que minha vida não está condizendo com minhas políticas e meus preceitos. Por isso quero parar de tomar atitudes erradas. Quero resgatar aquela velha pessoa honesta que ficou esquecida desde algum tempo, em algum lugar.

Modificar pequenos gestos estúpidos diários, os mais sutis... fazem a diferença, se querem saber. Pois começam miúdos e vão crescendo, crescendo. Quando a gente assusta está fazendo grandes coisas erradas sem a menor culpa, sem a menor ética. Ficamos amorais.

Primar pela honestidade é primar pela decência, pela honradez, pela lealdade. Palavras sinônimas, e bonitas. Dignidade começa aí. Eu não quero perder minha dignidade, nem trocá-la por pequenas ações indecorosas que me açoitam a partir de uma oportunidade.

Todos nós, algum dia, foi desonesto em algum ponto. Seja com alguém, seja consigo mesmo. Todos nós sentimos culpa por atitudes erradas em algum momento da vida.

Preciso aproveitar momentos como este, da Páscoa, para modificar o modo como estou agindo. Para me arrepender, e tentar viver a vida de uma forma mais correta e sensata.

E assim, quero melhorar meu dia-a-adia, me tornar mais puro, mais digno, mais fraterno, menos egoísta, menos hipócrita.

Aproveite você também a Páscoa. Ainda que você não seja católico, ou evangélico. Aproveite um momento como este, para repensar os seus conceitos, ou trazer à vida aquela pessoa melhor que vivia em você, e que, por alguma razão, você deixou morrer. Faça da Páscoa um pretexto para você se tornar melhor, como eu estou fazendo. Você não vai se arrepender. Vale a pena!